João Bosco
O amor é um falso brilhante no dedo da debutante.
O amor é um disparate na mala do mascate, macacos tocam tambor.
O amor é um mascarado, a patada da fera na cara do domador.
O amor sempre foi o causador da queda da trapezista pelo motociclista do globo da morte.
O amor é de morte.
Faz a odalisca atear fogo às vestes e o dominó beber água-raz.
O amor é demais! Me fez pintar os cabelos, me fez dobrar os joelhos, me faz tirar coelhos da cartola surrada da esperança.
O amor é uma criança.
E o mesmo diante da hora fatal o amor me dará forças pro grito de carnaval, pro canto do cisne, pra gargalhada final.
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